Pastor Felippe Valadão pede orações em meio ao processo movido pela Lagoinha, igreja liderada por André Valadão - Foto: Reprodução
O pastor Felippe Valadão, líder da Igreja Lagoinha Niterói, usou suas redes sociais na noite desta quinta-feira (14/11) para pedir orações e compartilhar seu desabafo sobre o processo judicial que enfrenta junto com sua esposa, Mariana Valadão. O caso movido pela Igreja Batista da Lagoinha, liderada por André Valadão, irmão de Mariana, tornou-se um dos assuntos mais comentados no meio gospel nos últimos dias.
Em um tom emotivo, Felippe escreveu: “É responsabilidade dos pais governarem sobre seus filhos. Todo pai pagará um preço caríssimo pela sua omissão. Tudo na vida tem limite… eu cheguei no meu. Posso te pedir uma ajuda? Quando para dormir você pode orar por mim e pela Mariana? Nós estamos precisando muito.”
Após o pedido, o pastor referenda um trecho bíblico:
“Digo isso para envergonhá-los. Acaso não há entre vocês alguém suficientemente prudente para julgar uma causa entre irmãos? Mas, ao invés disso, um irmão vai ao tribunal contra outro irmão, e isso diante de descrentes! O fato de haver litígios entre vocês já significam uma derrota completa. Por que não preferem sofrer a injustiça Por que não sofrerem o prejuízo Em vez disso, vocês mesmos causam injustiças e prejuízos, e isso contra irmãos! 6:5-8”
Felippe concluiu sua mensagem com um desabafo pessoal: “Foram 11 anos, não foram 11 dias. Vai fazer, mas vai passar… faremos o que a Deus nos manda fazer.”
ENTENDA O CASO
A disputa judicial gira em torno do uso da marca “Lagoinha”. A Igreja Batista da Lagoinha, fundada em Belo Horizonte e que por muitos anos foi liderada pelo pastor Márcio Valadão, acusa a Igreja Lagoinha Niterói, presidida por Felippe e Mariana Valadão, de usar indevidamente o nome registrado. A ação movida pela igreja alega que o uso do nome causa confusão entre os fiéis e prejudica a identidade da instituição mineira.
A instituição solicita indenização por danos morais no valor de R$ 50.000 e pede que a Lagoinha Niterói cesse imediatamente o uso do nome, sob pena de multa diária de R$ 10.000. Também são exigidos danos materiais, transferência ou cancelamento do domínio “lagoinhaniteroi.com.br” e pagamento de custos processuais e honorários advocatícios.
A DEFESA DA LAGOINHA NITERÓI
Os representantes da Igreja de Niterói contestaram as acusações, afirmando que o nome foi adotado com a autorização de Márcio Valadão, como parte de um projeto de expansão da denominação. A defesa também aponta que ambas as lojas possuem identidades visuais e operações distintas, o que elimina qualquer possibilidade de confusão.
Ainda segundo os advogados, não há concorrência desleal, já que as duas igrejas atuam em regiões diferentes: Minas Gerais e Rio de Janeiro. A reforçar a defesa de que André Valadão já participou de eventos na Lagoinha Niterói, o que demonstrou reconhecimento tácito da legitimidade da instituição.
CONFLITOS FAMILIARES
Além das questões jurídicas, o caso tem um componente familiar que chama a atenção. Mariana Valadão é filha de Márcio Valadão, fundador da Igreja Batista da Lagoinha, o que acrescenta uma camada pessoal ao conflito.
No entanto, Felippe Valadão, hospitalizado recentemente para uma cirurgia, ainda não fez declarações diretas sobre o processo, limitando-se a pedir orações e compartilhar mensagens bíblicas.