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Ciro Gomes avalia que PT e Bolsonaro foram os grandes perdedores das eleições

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O ex-governador do Ceará e ex-ministro Ciro Gomes (PDT) afirmou hoje que o Brasil precisa de uma aliança de centro-esquerda e centro-direita para fazer frente ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas eleições de 2022. “Mais do que viável, acho necessária [essa aliança]”, disse durante participação no UOL Entrevista.

A declaração foi dada ao colunista do UOL Leonardo Sakamoto, que o questionou sobre uma declaração do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Ontem, também em participação no UOL Entrevista, Maia citou Ciro e outros nomes, como o governador de São Paulo, João Doria (PSDB) e o apresentador Luciano Huck, para formar uma frente de centro nas próximas eleições.

Para Ciro, a esquerda precisa formar uma aliança com a política de centro, que tradicionalmente se alia à direita no país, para chegar com mais chances de vitória em 2022.

“O futuro, do meu ponto de vista, pede o encerramento da ilusão neoliberal e a formulação, em um ambiente muito difícil e complexo, de um projeto nacional de desenvolvimento. Esse projeto, para ser viável, tem de tomar uma parte do centro político da sua tradicional relação umbilical com a direita”, afirmou Ciro.

Questionado se acharia mais fácil construir uma aliança com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou com Doria, Ciro disse acreditar em nem uma coisa, nem outra.

O ex-governador cearense defendeu uma aliança entre PDT, PSB, Rede e PV para a travessia de um primeiro grande obstáculo, “com meus 15%, 14% [de intenções de votos]”, para depois se discutir a continuidade desse processo.

“O que vou fazer, à luz do dia, na frente de todos, é tentar capturar um pedaço de centro-direita para uma ampla aliança na centro-esquerda”, disse Ciro. “Se eu conseguir isso, vou ser o próximo presidente do Brasil. Se não, eu boto a viola no saco e vou ser um livre pensador”, afirmou.

Apesar de dizer que gostaria de ser candidato em 2022, Ciro declarou que não necessariamente o seu nome será lançado em uma eventual chapa nas eleições. “Eu quero ser, mas não me imponho”.

Ciro avaliou ainda que, nas eleições municipais de 2020, o bolsonarismo e o lulopetismo foram os grandes perdedores e acabaram “banidos” pelos eleitores das grandes cidades do país. O ex-governador ainda conectou os dois segmentos e disse que um sustenta o outro.

“O Bolsonaro, para mim, nunca foi nem será jamais popular no Brasil enquanto o lulopetismo deixar de ser o fator ocasionador desse ultraconservadorismo brasileiro”, disse.

“Esse lulopetismo sai completamente desmoralizado dessas eleições do Brasil. Espero que essas confrontações odientas sejam mandadas brigar lá fora, para que a gente possa construir aqui em audiência com a lição das urnas. O Brasil está sendo destruído do ponto de vista do seu tecido econômico e sua situação de contas públicas”, afirmou.

Para o ex-governador cearense, houve um grande voto ao centro, centro-esquerda e centro-direita —mas que, na avaliação dele, não é “orgânico”. “Precisa ser organizado para fazer alguma proposta para 2022, mas esse é o sinal que a população mandou nas urnas”, disse Ciro.

“Além do resgaste da política da realização. Ganharam as eleições aqueles capazes de entregar, me parece o fim dos estagiários nas posições de grande responsabilidade”, completou.

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