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Mundo Cristão

Pastor da Assembleia de Deus detona membros com barba: “Aqui não tem nenhum Bin Laden”

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O líder da Igreja Evangélica Assembleia de Deus na Paraíba, pastor José Carlos de Lima, saiu em defesa da chamada ‘doutrina e costume’ da denominação, durante um culto de batismo. Ele proibiu o uso de barba e costeleta para os homens, além de recomendar às mulheres não cortarem seus cabelos.

Em sua declaração, José Carlos de Lima faz a comparação de homens com barba ao terrorista Osama Bin Laden, fundador da Al-Qaeda, e ao líder da libertação da Palestina, Yasser Arafat.

“Aos homens, mantenham os vossos cabelos da forma que está. Não deixem a barba crescer, não. Porque vocês não estão vendo os pastores de barba. Aqui não tem nenhum Bin Laden, não tem nenhum Arafat. Eu sou crente desde a época do Pastor Antônio Petrolina dos Santos. Eu nunca vi aquele homem de barbicha, de costeleta, nunca vi”, começou o pastor.

O pastor da Assembleia de Deus pediu, ainda, que os homens evangélicos sigam os pastores da igreja como “modelo”, para andarem “direitinho”.

“O modelo somos nós aqui. Eu to vendo rapaz na igreja, tudo barbudo, de barbicha, que coisa horrorosa. Isso tá fora, vamos acabar com isso, vamos andar direitinho, como quem vai pra Jerusalém. Isso faz parte do ensinamento da Palavra, são os bons costumes, nós somos ensinados assim. As irmãs não cortem os seus cabelos, deixe os seus cabelos crescer”, completou o pastor.

ASSEMBLEIA DE DEUS DEUS NO PARANÁ

Outro caso parecido viralizou nesta semana a respeito do assunto. O pastor Reginaldo dos Santos Alves, da Igreja Evangélica Assembleia de Deus de Paranaguá, no Paraná, proibiu as mulheres da igreja de usarem brincos e correntes. A declaração aconteceu em uma reunião com líderes.

“Uma coisa que eu não precisava falar, mas orando aqui, lembrei. Não foi nenhum obreiro que soprou no meu ouvido, com certeza, mas foi o Espírito. Nós temos cobrado que todas essas pessoas – principalmente da diretoria – observem os bons costumes. Não aceitamos mulheres com brinco, com corrente, com adorno nenhum”, disse o pastor.

O pastor ainda frisou que a mesma cobrança recai sobre os homens da Assembleia de Deus.

“Você não vive mais acorrentado. Você está liberto pelo poder do sangue de Jesus. Então, os homens, observando os bons costumes… tenho dito até mesmo às diretorias locais ‘não pensem que eu vou estar no ensaio de vocês repreendendo’. Ontem eu vim aqui e [tinha] uma meia-dúzia de irmãs de brinco. Fui ético, porque estou procurando não constranger, mas isso é papel da liderança”, disse ele.

Por fim, o religioso ofereceu a porta de saída para aqueles que não acatarem a determinação.

“Se você não aceita essas coisas, você está no lugar errado. Eu volto a dizer: nós somos Assembleia de Deus. Tem princípio, tem costumes”, finalizou.

1 Comentário

1 Comentário

  1. William Frezze

    15 de março de 2022 a 03:28

    Por mais incrível que possa parecer, mas muitos não sabem. O Nosso Senhor Jesus era judeu e, obviamente, tinha barba.
    O profeta Isaias profetizou a respeito de Jesus:
    גֵּוִי֙ נָתַ֣תִּי לְמַכִּ֔ים וּלְחָיַ֖י לְמֹֽרְטִ֑ים פָּנַי֙ לֹ֣א הִסְתַּ֔רְתִּי מִכְּלִמּ֖וֹת וָרֹֽק׃

    Na tradução brasileira:
    “Dei as minhas costas aos que me feriam e as minhas faces, aos que me arrancavam os cabelos da barba; o meu rosto, não o escondi de opróbrios e de escarros.”

    As palavras em hebraico לְמֹֽרְטִ֑ים e וּלְחָיַ֖י significa, respectivamente: “tornar liso” e “maxilar”.
    Esta profecia se cumpriu na crucificação. Não é preciso entender de História Hebraica, basta ler a Bíblia que têm em mãos e verão que a barba era sinal de honra e tirá-la era sinal de desonra e humilhação.

    Os sacerdotes tinham barba (Levítico 21:5), os reis tinham barba (I Samuel 21.13) e os profetas tinham barba (Ezequiel 5-8).

    Não há nas Escrituras Sagradas nenhum mandamento para que se retire a barba. Esta era uma cultura pagã, da qual José, por exemplo, escravo em terra estrangeira, se submeteu (Gênesis 41:14). Ou entre os leprosos (Levítico 14).

    Teólogos cristão na Europa como Calvino e Spurgeon, tinham barba.
    Em que momento, então, da História da Igreja passou a condenar o uso da barba?
    A História é longa, passa por períodos antissemitas, influencia da nobreza francesa, separação da Igreja Ortodoxa com a Romana, enfim… Quero falar da pentecostal, em particular, a Assembleia de Deus.

    Durante a Ditadura Militar intensificou-se a ideia de que a barba era o símbolo dos comunistas, enquanto o Governo Militar, composto por soldados, fazia a barba. Durante a repressão, muitas igrejas passaram a adotar tal padrão, a fim de que seus membros e, em especial, jovens, não fossem “parados” na rua e confundidos com os comunistas. A subserviência da igreja era tão grande que, temendo retaliação, em 1973, na CGADB, a Convenção foi orientada por Sotero Cunha (na época diretor da CPAD), a não divulgar uma nota pública contra a TV. Isto, pois, o conservadorismo religioso da Assembleia de Deus era contra o uso da TV, mas a TV era o canal oficial de propaganda do Regime. Se a Assembleia de Deus continuasse a pregar contra a TV em seu jornal “Mensageiro da Paz”, poderia correr o risco de censura por parte do Governo.

    Infelizmente esta cultura regional, marcada pelo coronelismo, foi atrelada à santificação, enquanto a barba ao modismo mundano. Ainda hoje muitos colocam este (e outros) costumes em paridade com as Escrituras. E, embora não estejamos mais em um Regime Militar, a Igreja ainda mantém o peso da “doutrina” contra os seus jovens, mesmo sem base bíblica nenhuma.

    Quanto ao senhorzinho desta matéria, coitado. Dá dó pelo tamanho da ignorância. Se Jesus viesse à sua Igreja, não poderia ser membro. Engraçado: precisam tirar a barba para “se santificar” a fim de adorar o Deus que se fez homem santo de barba.

    Detalhe que revela: o título da matéria diz que o pastorzinho chama os jovens com barba de “Bin Laden”, mas quem “detona” os membros, é ele, o pastor. hahaha

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