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Pastor é acusado de abuso sexual contra cinco menores no Pará

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Um pastor evangélico de Altamira, cidade do Pará, foi denunciado à Polícia Civil por abuso sexual contra, ao menos, cinco meninas, entre crianças e adolescentes. Hoje com cerca de 18 e 20 anos de idade, as vítimas dizem que os episódios de abuso sexual aconteceram quando elas ainda estavam na infância e adolescência.

As acusações são contra o pastor José Dorivaldo Teixeira, de 56 anos, que é superintendente da Igreja do Evangelho Quadrangular em Altamira. Os casos começaram a vir à tona após a denúncia de uma das vítimas, realizada no dia 3 de novembro deste ano. Assim que a denúncia ganhou repercussão na mídia, outras vítimas procuraram a polícia e revelaram que o pastor agia de maneira semelhante com elas.

Uma jovem, de 18 anos, afirmou ter sofrido abusos dos 9 aos 14 anos e só teve coragem de denunciar quando já não morava mais em Altamira. Além dela, outras cinco jovens denunciaram o pastor.

O QUE DIZ A DEFESA DAS VÍTIMAS

Karem Luz, advogada de uma das vítimas, da Rede Protege Brasil, disse que os relatos de abusos envolvendo o pastor eram conhecidos pelas jovens. Uma das duas clientes que a advogada defende teria sofrido abuso ainda em 2014.

“Eram casos recorrentes e visíveis entre as meninas do grupo de jovens da Igreja. Surgiram boatos entre elas e uma chegou a falar com a mãe, que, na época, não acreditou”, diz a advogada.

A advogada Jéssica Guimarães, que defende uma outra jovem, disse que os abusos começaram logo após a morte do pai dela.

“Ela sofreu muito. Geralmente os casos aconteciam em famílias vulneráveis, pobres, cujos pais eram falecidos ou de mães solteiras”, disse a advogada.

Segundo as denúncias, o religioso tinha sempre o mesmo modo de agir, usando a posição de religioso para se aproximar das jovens. ‘Chegava conquistando a confiança da família, dava presentes, oferecia carona, chamava as vítimas de filhas, mas por trás disso tudo as molestava, abusava de forma contundente” Jéssica Guimarães, advogada de uma das vítimas.

A polícia do Pará pediu a prisão preventiva do pastor José Dorivaldo Teixeira à justiça pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) de Altamira. A Polícia Civil do Pará comunicou que diligências estão sendo realizadas para apurar o caso, investigado pela Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher de Altamira.

O QUE DIZ A DEFESA DO PASTOR

Ao UOL, o advogado de defesa do pastor disse que pediu acesso aos autos do processo, que corre em segredo de justiça, mas o juiz ainda não se manifestou sobre o pedido.

“Entendo que a prisão preventiva existe para garantir o bom andamento do processo, para evitar que o investigado fuja, ameace testemunhas, interfira na produção de provas, mas isso não existe porque ele compareceu espontaneamente à delegacia quando foi chamado. Tem mantido uma postura colaborativa. A Justiça pode lançar outras medidas cautelares diversas dela, como o recolhimento nos finais de semana, limitação de acesso às testemunhas, por exemplo”, disse o advogado Joaquim Freitas, que defende o pastor.

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