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Pastor em Belém é preso sob suspeita de estupro de adolescentes

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O suspeito pode ter usado sua posição na igreja para cometer os crimes - Foto: Polícia Civil do Pará

O pastor evangélico Ronaldo da Silva Oliveira foi preso pela Polícia Civil do Pará sob suspeita de estupro de vulnerável de três adolescentes, na segunda-feira (28/08). Ronaldo era líder da Igreja Evangélica Luz de Deus no bairro São Brás, que decidiu fechar suas portas após as denúncias surgirem no mês passado. As jovens eram frequentadoras do local.

O mandado de prisão preventiva foi emitido pela 1ª Vara de Inquéritos Policiais de Belém e cumprido no município vizinho de Ananindeua. Segundo investigações da Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente (Deaca/Santa Casa), o suspeito pode ter usado sua posição na igreja para cometer os crimes.

A mãe de uma das vítimas, que tem 12 anos, revelou detalhes sobre os abusos em entrevista à Alma Preta. Ela descreveu encontros particulares solicitados pelo pastor sob o pretexto de resolver “questões espirituais”, nos quais ocorreram avanços inapropriados. Em uma ocasião, após uma reunião de jovens, o pastor teria levado a jovem em seu carro, onde o estupro teria ocorrido.

“Ele nos mandava mensagens perguntando como ela estava e usava códigos para saber se havia algum adulto por perto”, relata a mãe. Ela ainda lembra de momentos em que o pastor se defendia das suspeitas: “Ele dizia: ‘irmã, você está desconfiando de alguma coisa? Boto a minha mão na Bíblia para dizer que não estou fazendo nada de errado. Só estou cuidando das minhas ovelhas'”.

Apesar das denúncias, muitos fiéis da congregação e familiares do pastor têm acusado as adolescentes de mentirem sobre os abusos ou de provocarem Ronaldo. “Não vou dizer que estou feliz com a prisão dele. Mas queremos defender a inocência das meninas perante as calúnias que elas estão sofrendo”, desabafa a mãe de uma das vítimas.

As jovens passaram por atendimento especializado após a denúncia. Enquanto isso, a Igreja Evangélica Luz de Deus ainda não emitiu um posicionamento oficial sobre o caso.

Estupro de vulnerável, conforme definido no artigo 217-A do Código Penal, refere-se ao ato de “ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 anos”. A pena pode variar de 8 a 15 anos de reclusão.

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