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“Pastora do Diabo”: Livro promete revelar bastidores ‘satânicos’ da vida de Flordelis

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Cantora gospel e pastora Flordelis - Foto: Divulgação

Será lançado em agosto deste ano o livro “Flordelis: A Pastora do Diabo” escrito pelo jornalista Ullisses Campbell. Segundo ele, a informação de que a cantora gospel adotou 37 crianças após uma chacina na estação Central do Brasil, no Rio de Janeiro, em 1994, é “a maior mentira contada por ela”.

Flordelis, presa sob acusação de ter mandado matar o marido, o pastor Anderson do Carmo, em 2019, contou em várias entrevistas, ao longo dos quase 30 anos, que adotou 37 crianças após uma chacina na estação Central do Brasil.

No entanto, Ullisses Campbell diz que tudo não passa de uma grande mentira. Ele revelou que foi a fundo em arquivos da polícia e de jornais no Rio de Janeiro e descobriu que não houve registro de chacina no dia 12 de setembro de 1994, conforme a pastora contava.

Ele encontrou apenas a notícia de uma tentativa de assassinato contra um sobrevivente da chacina da Candelária, que ocorreu em 1993, também no Rio. “Nunca chegou às 50 mesmas crianças, havia uma rotatividade. Ela encontrava mães altamente debilitadas, nas ruas, levava a criança, dizendo que era missão, mas era para completar a meta de 50 e capitalizar em cima disso. E algumas iam embora. Ela inventava que achou crianças”, afirma o autor.

“Tenho depoimento de quatro mães dizendo que ela roubou filhos delas”, diz Campbell, que com a obra fecha uma trilogia — as anteriores foram sobre Suzane von Richthofen e Elize Matsunaga.

O autor entrevistou os três irmãos e a mãe de Flordelis, alguns de seus filhos e o atual namorado, o produtor musical Allan Soares, 25, entre outras pessoas próximas à pastora para escrever o livro.

Além disso, confessa que assistiu a depoimentos de testemunhas em vídeo e se debruçou sobre os preceitos satânicos que afirma terem sido seguidos pela pastora e por Anderson, o que incluiria rituais com os filhos envolvendo sexo, sangue e esperma.

O título do livro traz a contradição de Flordelis ao colocá-la como pastora, uma mulher religiosa, que agia em nome de Deus e fundou seu próprio ministério, mas ao mesmo tempo dizer que era “do Diabo”.

Campbell disse que a pesquisa do livro sustenta que Flordelis era bem-intencionada no início do seu trabalho social, quando começou a ajudar crianças, retirando-as das ruas e as livrando do tráfico. Nessa época, não passavam de 14. Mas isso mudou ao conhecer Anderson do Carmo, em 1991.

“Ele começou namorando a Simone, filha biológica da Flordelis, mas passou a transar com filha e mãe. Era um homem muito visionário e viu o potencial da Flordelis, percebeu que adotar muitos filhos seria um caminho para investir no papel da mulher que pratica assistencialismo, adoção. Ele mostra onde ela poderia chegar, e ela se corrompe. Vende a alma ao diabo, literalmente”, disse o autor.

Já o pastor Anderson do Carmo, segundo afirma Campbell, era “o demônio dentro da casa”. Cometia abusos contra a esposa, de quem controlava todas as ações e subtraía parte do faturamento dela como artista, e contra os filhos — principalmente as filhas que, segundo relatos, eram estupradas, com força e violência, por ele. “Entre as vítimas há inclusive uma criança de 9 anos”, afirma.

Segundo a defesa da pastora, Rodrigo Faucz, todas as acusações são falsas. Diz que uma das filhas biológicas da cliente, Simone, já admitiu ter sido a mandante do crime, e não a mãe. Além disso, sobre as denúncias de rituais envolvendo abusos sexuais, diz ser uma “bobagem” e afirma serem “situações inverídicas, inventadas, seja em versões da acusação ou de pessoas que são detratores da Flordelis”.

“O livro mostra como as pessoas usam a religião para fazer o mal”, diz o autor. “Usam o nome de Deus para praticar crimes, inclusive sexuais, arregimentam fiéis, agem como se tivessem uma procuração de Deus —os cultos dela eram assim. Se falassem que não queriam fazer uma coisa, ela dizia que era porque o Diabo não queria”, diz o autor.

O julgamento de Flordelis está marcado para o dia 6 de junho. Em 13 de abril, quatro pessoas foram condenadas: o filho biológico da ex-deputada, Adriano dos Santos Rodrigues; o filho afetivo Carlos Ubiraci Francisco da Silva; o ex-policial militar Marcos Siqueira Costa e sua esposa, Andrea Santos Maia.

Em novembro passado, Flávio dos Santos Rodrigues e Lucas Cezar dos Santos de Souza, filhos biológico e adotivo de Flordelis respectivamente, foram condenados pela morte do pastor Anderson.

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