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Pastora que celebrou casamento homoafetivo é ameaçada de morte

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Nesta semana chamou a atenção a decisão de uma pastora de uma Igreja Batista de realizar um casamento entre duas mulheres em Alagoas. O caso foi amplamente divulgado na imprensa, e como era de se esperar, evangélicos criticaram a atitude da líder religiosa.

Trata-se da pastora Odja Barros, que é líder da Igreja Batista no Pinheiro, em Maceió. Ela realizou pela primeira vez um casamento gay. De acordo com ela, a cerimônia foi como qualquer outra em termos de ritos.

Como resultado, Odja recebeu centenas de críticas pelas redes sociais e até ameaças de morte, segundo ela. Por causa disso, a religiosa recebeu amparo da Coordenadoria de Direitos Humanos do Tribunal de Justiça de Alagoas.

ENCONTRO NO TJ

Odja Barros se encontrou com o desembargador Tutmés Airan nesta quarta-feira (15/12). O magistrado informou que vai cobrar providências sobre as ameaças que a pastora vem recebendo por celebrar o casamento homoafetivo.

“Nós já entramos em contato com o Conselho Estadual de Segurança Pública, as providências já estão sendo tomadas. Além disso, nós vamos desenvolver gestões junto a Polícia Judiciária do Estado no sentido de abrir inquérito para apurar esse ato absolutamente grave que não pode e não deve ser tolerado, tem que ser enfrentado e a resposta tem que ser dada à altura”, disse o desembargador, que disse ainda que, após as investigações, os acusados podem ser condenados por diversos crimes graves.

Segundo o portal g1, a religiosa apresentou parte das ameaças sofridas à juíza Eliana Machado, da Coordenadoria Estadual da Mulher, que orientou a pastora sobre as medidas que podem ser adotadas para garantir sua integridade física dela e de seus familiares.

Diante das ameaças, Odja e a família prestaram queixa à polícia e formalizaram uma denúncia na Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos (Semudh) sobre as ameaças feitas pela internet. Segundo Odja, todas foram enviadas a ela por meio de mensagens enviadas ao seu perfil em uma rede social.

“Precisamos responder a essa atitude tomada por esse perfil, que não foi único dele, as outras mensagens que recebi foram muito agressivas. A gente precisa garantir que as instituições possam dizer que não se admite esse tipo de invasão da nossa liberdade de expressão, dos nossos direitos. Eu, como representante de liderança religiosa, não imponho o que eu penso a ninguém, as pessoas têm direito de discordar de mim, inclusive de argumentar contra”, disse a pastora.

SOBRE O CASAMENTO

O casamento ocorreu no dia 04 de dezembro em um salão de festas da capital alagoana. E foi uma das primeiras realizadas no país entre pessoas do mesmo sexo por pastores da Igreja Batista.

Odja chegou a dizer que o casamento foi ‘um marco’ para a igreja evangélica. “Eu sei que, até na luta LGBTQI+, as conquistas das mulheres vêm com mais dificuldade. Por isso me senti tão honrada e privilegiada de ser celebrante de um momento novo e histórico dentro da tradição de igrejas batistas no Brasil”, disse ela.

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