Trabalhadores são resgatados em condições análogas à escravidão.[/caption]
O Grupo Especial de Fiscalização Móvel do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), participou da investigação e apontou que os responsáveis pela seita religiosa se aliaram a membros da sua igreja em São Paulo (capital), e usaram doutrinas que exploravam o psicológico das pessoas, e assim convenciam os fiéis a doarem seus móveis e imóveis alegando que passariam a viver em comunidades. As doações desses bens iriam para as associações controladas pela seita. Aqueles que obedeceram aos líderes foram levados para as zonas rurais e urbanas de Minas Gerais, Bahia e São Paulo (capital), onde foram submetidos a longas jornadas de trabalho sem nenhuma remuneração, atuando em lavouras e estabelecimentos comerciais.
Dados da operação apontam que cerca de 565 pessoas trabalhavam em condição ilegal, 438 não tinham registro em carteira de trabalho e 32 eram adolescentes. Os líderes conseguiram acumular um grande patrimônio, conquistando casas, fazendas e veículos de luxo. Os bens foram adquiridos por meio de patrimônios entregues pelos fiéis, e também pelo trabalho escravo que eles prestavam em lavouras, estabelecimentos comerciais dos mais variados tipos. A organização estava expandindo seus negócios para o estado do Tocantins em exploração ilegal.
As investigações sobre a organização religiosa começaram em 2011. A deflagração atual representa a terceira fase da Operação, com 22 líderes da seita em prisão preventiva, podendo cumprir penas de até 42 anos de prisão, se forem condenados. O nome da Operação “Canaã” é uma referência bíblica à terra prometida por Deus aos hebreus.
Raquel Bispo[email protected]
As informações são da Agencia de notícias da Polícia Federal.]]>
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